Rivalidade do Interior Pernambucano em 1935

Na década de 30 existia um clássico regional de muita rivalidade no interior pernambucano. Eram adversários ferrenhos o Sport Club Garanhuns da cidade de mesmo nome e o Central Sport Club de Caruaru.
O Sport Club de Garanhuns já extinto, foi fundado em 27 de outubro de 1919 e era rubro negro. Infelizmente poucos são os dados sobre esta rivalidade.
Foi possível obter uma ficha técnica de um amistoso disputado em 1935 (infelizmente não foi possível obter a data exata) e uma foto das equipes antes desta partida.

Sport Club de Garanhuns 3×1 Central Sport Club / Local: Campo do Arraial, em Garanhuns / Gols: todos no segundo tempo as 10 min Siqueira, Pericles aos 17 min, Tutu aos 35 min Batista aos 43 min fechou a contagem para a equipe local / Sport Club de Garanhuns: Cajueiro, Carlos, Bomba, Antonio Lyra, Zé Tenório, Batista, Nino, Lula, Jardim, Avelino, Péricles, Siqueira, Antero e João Firmino / Central de Caruaru: Milton, Piancó, Seixas, Neco, João, Fenni, Rochura, Otoniel, Fernando Ferri, Dantas, Tutu, Zuza e Ernane

Fonte: Saulo Guimarães

Foto Histórica – Moto Clube (Porto Velho – RO) – 1977

Fonte: Saudosismo Portovelhense

O que chama a atenção desta foto, é a presença de dois grandes jogadores da história do futebol brasileiro: Djalma Santos ( primeiro a esquerda de pé) e Garrincha (o primeiro a esquerda agachado).

Clubes de Santa Catarina – Clube Recreativo Tamandaré (Porto União)

Vale ressaltar que esta clube teve uma participação no Campeonato Catarinense. Foi em 1960 quando fez parte da Zona Oeste, na época que o campeonato era disputado por zonas.

Foto Histórica – Clássico Portuguesa (SP) x Espanha (SP)


Esta foto de 1941 mostra uma cena do clássico de Santos (SP), entre a Portuguesa e o Espanha (atual Jabaquara). É interessante notar em segundo plano o Monte Serrat, onde encontra-se a capela de mesmo nome com a Santa Padroeira da Cidade e o prédio da Santa Casa de Misericórdia. Nota-se também, no Estádio Ulrico Mursa as cercas de madeira que delimitavam o espaço entre a torcida e o campo de futebol.

Fonte: Jornal A Tribuna de Santos / SP

Companheiros de zaga há 10 anos

Interessante matéria publicada no Jornal A Tribuna de Santos/SP na sua edição de 31 de julho de 1935. Era um tempo romântico do futebol, que hoje não existe mais:

“Quem assistiu domingo passado ao encontro Portuguesa e Guarani, de Campinas, e verificou depois de certo tempo que a qualidade do jogo cedia seu posto ao desinteresse devido a constante pressão do clube local sobre o adversário, devia ter notado também que os principais protagonistas do encontro, apareciam nas figuras dos zagueiros Tijolo e Joca. Esses dois veteranos, diante do insucesso do seu conjunto, cuja atuação deixou algo a desejar, eram os que mais entusiástica e ativamente operavam, na esperança de verem de momento a momento melhorar a técnica e a classe do jogo dos seus companheiros.
Por fim, notando que nada mais era possível em benefício do onze, aceitaram o domínio do rival como uma conseqüência natural de um conjunto de maior cartel, porém, em nenhum momento se entregaram. Firmes nos seus postos, mais pareciam combatentes de última linha numa batalha, das linhas de retaguarda, cuja missão é queimar os últimos cartuchos. Resistiram até o fim, mantendo o espírito combativo.
Apreciamos a atuação dos dois veteranos jogadores. Abordamoxlos ao fim da peleja. Estavam exaustos, mas tinham a convicção do dever cumprido.
– Lutamos bastante, nos disse Tijolo.
– E mais não era possível, acrescentou Joca.
De fato, eles haviam lidado com ardor. Outros que fossem e teriam entregue o jogo, permitindo a Portuguesa um rosário de tentos. No entanto, um só, um tento apenas, resultou de todo aquele domínio do segundo tempo.
Os dois veteranos protagonistas principais desse amistoso de domingo passado – vale a pena dizer – estão atuando junto há quase 10 anos, no Guarani. São dois símbolos, dois elementos que nesse década tem acompanhado a evolução e todas as transformações do clube, desde a sua atividade regional, o seu ingresso na APEA, ao lado dos titulares do futebol no Estado, até os dias de hoje, em que forma novamente a frente de todas as associação campineiras.
Tijolo e Joça são dois amigos inseparáveis, não só dentro do campo, onde defendem posições iguais, mas, ainda, fora dele.
O mais antigo no Guarani é Joca. Há 17 anos que enverga a camiseta verde do Bugre. Tijolo ali apareceu vindo da Ponte Preta para ser seu companheiro.
Foram junto há quase 10 anos, sendo por isso a mais antiga zaga em atividade no Estado e talvez no Brasil.
Tijolo, atravessou um temporada em forma invejável e o seu nome, por mais de uma vez, foi chamado ao selecionado B de São Paulo, onde teve ocasião de atuar.”

Campeões Amazonenses de 1970

Campeões Cariocas de Aspirantes

Ao longo de sua disputa que teve início em 1906 e com sua últim a edição em 1970, esta competição teve designações diferentes. De 1906 a 1937 foi denominada Campeonato de 2º Quadros / 2º Time de Clubes da Primeira Divisão. De 1941 a 1970 foi chamada de Campeonato de Aspirantes / Reservas / Suplentes de Clubes da Primeira Divisão. Abaixo a lista dos campeões:

1906 – Botafogo
1907 – Botafogo
1908 – Fluminense
1909 – Botafogo
1910 – Botafogo
1911 – Fluminense
1912 – Germânia (Associação de Football do Rio de Janeiro)
1912 – Flamengo (Liga Metropolitana de Sports Atléticos)
1913 – Flamengo
1914 – Flamengo
1915 – Botafogo
1916 – Flamengo
1917 – Flamengo
1918 – Flamengo
1919 – America
1920 – Andarahy
1921 – Fluminense
1922 – Botafogo
1923 – America
1924 – Vasco da Gama (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres)
1924 – Fluminense (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos)
1925 – Americano (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres)
1925 – Flamengo(Associação Metropolitana de Esportes Atléticos)
1926 – Fidalgo (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres)
1926 – America(Associação Metropolitana de Esportes Atléticos)
1927 – Campo Grande (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres)
1927 – Flamengo(Associação Metropolitana de Esportes Atléticos)
1928 – Magno (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres)
1928 – Vasco da Gama (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos)
1929 – Boa Vista (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres)
1929 – America (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos)
1930 – Sportivo Santa Cruz (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres)
1930 – America (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos)
1931 – Oriente (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres)
1931 – Flamengo (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos)
1932 – Magno (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres)
1932 – America (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos)
1933 – Viação Excelsior (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres)
1933 – Olaria (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos)
1934 – Boa Vista (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres)
1934 – Mavilis (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos)
1935 – São Cristóvão (Federação Metropolitana de Desportos)
1936 – Vasco da Gama (Federação Metropolitana de Desportos)
1937 – São Cristóvão (Federação Metropolitana de Desportos)
1938 – não disputado
1939 – não disputado
1940 – não disputado
1941 – Fluminense
1942 – Vasco da Gama
1943 – Vasco da Gama
1944 – Botafogo
1945 – Botafogo
1946 – Vasco da Gama
1947 – Vasco da Gama
1948 – Vasco da Gama
1949 – Vasco da Gama
1950 – Bangu
1951 – Fluminense
1952 – Fluminense
1953 – Fluminense
1954 – Fluminense
1955 – Flamengo
1956 – Flamengo
1957 – Fluminense
1958 – Botafogo
1959 – Botafogo
1960 – Vasco da Gama
1961 – Vasco da Gama
1962 – Fluminense
1963 – Fluminense
1964 – Vasco da Gama
1965 – Botafogo
1966 – Vasco da Gama
1967 – Vasco da Gama
1968 – América
1969 – não disputado
1970 – Flamengo

Pesquisa de Auriel de Almeida, Pedro Varanda e Raymundo Quadros

Foto Histórica – Pelé e Garrincha – 1962

Fonte: Pedro Varanda

Esta foto foi tirada em 03 de janeiro de 1962, antes da partida Botafogo 3×0 Santos no Estádio do Maracanã.

Foto Histórica – Bangu Atlético Clube (Rio de Janeiro – RJ) – 1958

Fonte: Diário da Noite

A curiosidade desta foto é que esta foi a primeira e única vez que o clube quebrou sua tradição e jogou de calções pretos. Isto ocorreu na partida realizada pelo Campeonato Carioca em 27 de julho de 1958 contra o Madureira

Mudança de nome do Americano para Universitário em Porto Alegre (RS)

Matéria publicada no jornal “A Federação” em sua edição de 15 de outubro de 1935 referindo-se a  mudança de nome do tradicional Sport Club Americano:

Chaveiro do Mavilis Futebol Clube (Rio de Janeiro – RJ)

Interessante chaveiro que o amigo Pedro Varanda conseguiu uma foto junto ao seu proprietário o saudoso Raymundo Quadros. Nota-se que o escudo é bem diferente de um outro escudo que circula pela internet. Ele é de 1975, ano que o clube se afasta das competições oficiais do Departamento Autônomo, mantendo sua parte social e alugando seu campo em 1980 ao Fluminense, para a implantação de um núcleo de formação de atletas das categorias de base. Em abril de 1984 o clube já agonizando perde seu campo (situado na rua Carlos Seidl, 933 no Caju) em processo na Justiça Comum. Daí em diante o clube não se recuperou e acabou sendo extinto.

Primeiro Título do Botafogo de Futebol e Regatas (Rio de Janeiro – RJ)

A primeira conquista alvinegra ocorreu em 1906, quando o clube ainda se chamava Botafogo Futebol Clube, na disputa do Campeonato Carioca dos 2º Quadros. A campanha com os goleadores em cada partida até a conquista do título foi a seguinte:

13.05.1906
Botafogo 2×5 Fluminense, na Rua Guanabara
Gols: Henrique Teixeira e Emmanuel Sodré

27.05.1906
Botafogo 1×0 Bangu, a Rua Guanabara
Gol: Viveiros de Castro

01.07.1906
Botafogo 6×1 Rio Cricket, na Rua Guanabara
Gols: Emamanuel Sodré (2), Arthur Cezar (2), Júlio Werneck e Henrique Teixeira

08.07.1906
Botafogo 1×0 Athletic, na Rua Guanabara
Gol: Rolando de Lamare

15.07.1906
Botafogo 2×1 Bangu, na Rua Ferrer
Gols: Samuel e Rolando de Lamare

23.09.1906
Botafogo x Athletic, na Rua Guanabara
Obs: O Athletic não compareceu

30.09.1906
Botafogo 3×1 Fluminense, na Rua Guanabara
Gols: Rolando de Lamare (3)

07.10.1906
Botafogo 3×0 Rio Cricket, na Rua da Constituição, em Niterói
Gols: Henrique Teixeira, Rolando de Lamare e Júlio Werneck

O Troféu desta primeira conquista

Os campeões:

07 jogos

Arthur Cezar de Andrade Júnior (Tutu)
Júlio Furquim Werneck
Ricardo de Almeida Rego

06 jogos

Eurico Parga Viveiros de Castro
Antônio Rodrigues Teixeira
Henrique Rodrigues Teixeira (Caju)
Ademaro de Lamare

05 jogos

Gastão Rodrigues Teixeira
Emmanuel de Almeida Sodré
Augusto Paranhos Fontenelle (Zingo)

04 jogos

Rolando de Lamare

03 jogos

Ary Kerner do Faro

2 jogos

Waldemar Bandeira
Antônio Teixeira Rodrigues
Eduardo (Edward) Harper Fairbairn
Paulino de Souza

01 jogo

Miguel Raphael de Pino
Samuel Vieira

Fonte: Pedro Varanda

São Cristóvão Atlético Clube (Rio de Janeiro – RJ) – Legítimo Campeão Carioca de 1937

A nota abaixo publicada no jornal “Folha da manhã” de 1937 logo após a pacificação do futebol carioca e consequente extinção da Federação Metropolitana de Desportos, em sua última reunião determinou e notificou a CBD sobre a proclamação do São Cristóvão Atlético Clube como legítimo Campeão Carioca daquela temporada. Resta a atual entidade máxima do futebol carioca reconhecer este dado histórico e conferir a quem de direito pertence este título.

Fonte: Pedro Varanda

Futebol Sergipano em 1940 – 1º Semestre

14 de janeiro – O Sergipe vence o Palestra por 4 a 1, em prosseguimento do campeonato de 1939. Em amistoso na cidade de Estância, jogam Cruzeiro local e Siqueira Campos da capital.
21 de janeiro – O Paulistano vence o Vitória por 4 a 0 pelo campeonato local. Em Capela, jogam amistosamente Rio Branco e Riachuelo.
28 de janeiro – Pelo campeonato, o Siqueira Campos goleia o Vasco da ama por 5 a 2. Em Laranjeiras, a equipe local empata com o Ipiranga de Maruim em 2 a 2 em partida amistosa.
11 de fevereiro – Empate surpreendente entre Sergipe e Vitória por 1 a 1, pelo campeonato. Em Estância o União Têxtil vence por 5 a 1 ao Vasco da Gama em amistoso.
18 de fevereiro – O Paulistano bate o Siqueira Campos por 2 a 1 em continuação do campeonato. Na inauguração do Estádio Gonçalo Prado em Maruim, jogam Socialista e União Têxtil de Estância.
25 de fevereiro – O Sergipe prossegue sua marcha rumo ao título com uma vitória apertada sobre o Vasco da Gama por 2 a 1. Em amistoso na cidade de Capela, o Siqueira Campos vence o Rio Branco por 4 a 2.
01 de março – Festa de 13º aniversário de fundação do Palestra Futebol Clube da capital.
03 de março – Pelo campeonato o Vitória entrega os pontos ao Palestra, ficando a capital sergipana sem futebol neste final de semana.
10 de março – Numa verdadeira zebra o Paulistano derrota o Palestra por 2 a 1 e dá ao Sergipe o título de campeão sergipano da divisão da capital. Pela decisão da divisão do interior, o Ipiranga derrota o Laranjeiras por 4 a 0 em Maruim.
17 de março – Encerrando o campeonato de 1939 o Paulistano vence o Vasco da Gama por 2 a 1 em Aracaju.
31 de março – Em amistosos pelo interior do estado, o Riachuelo vence o Siqueira Campos por 3 a 1 em Riachuelo e o Paulistano vence o Cruzeiro por 2 a 1 em Estância.
07 de abril – Na primeira partida pelo título estadual, Sergipe e Ipiranga empatam por 1 a 1 em Aracaju.
14 de abril – Na segunda partida, novo empate entre Sergipe e Ipiranga por 2 a 2 em Aracaju. Em Laranjeiras o Riachuelo vence o clube local por 3 a 1 em amistoso.
21 de abril – Pela comemoração do título da cidade, o Sergipe empata com um Combinado Sergipano por 3 a 3.
28 de abril – Iniciando sua excursão a Aracaju, o C.S.A. de Maceió empata com o Cotinguiba por 3 a 3 em Aracaju. Em partida amistosa realizada em Maruim, o Paulistano vence o Socialista por 2 a 1.
01 de maio – Em sua segunda partida amistosa, o C.S.A. vence o Palestra por 1 a 0 em Aracaju.
05 de maio – Encerrando suas partidas amistosas, o C.S.A. perde para o Sergipe por 1 a 0.
12 de maio – Na última partida pela decisão do título em Aracaju, o Sergipe vence o Ipiranga na prorrogação por 1 a 0, gol de Charuto, e conquista o título sergipano de 1939. São proclamados artilheiros do campeonato: Antenor (Siqueira Campos), Charuto (Sergipe) e Vavá (Ipiranga) todos com 8 gols.
19 de maio – Em amistosos, o Guarany da capital faz sua estréia oficial e perde para o Riachuelo por 3 a 1 em Aracaju. No interior, em Laranjeiras, a equipe local vence o Paulistano por 2 a 1.
23 de maio – Em novo amistoso, o Sergipe volta a empatar com o Cominado Sergipano por 1 a 1 em Aracaju.
02 de junho. Realizado o Torneio Início da divisão da capital, com o título ficando com o Palestra.
09 de junho – Iniciando o campeonato de 1940, Cotinguiba e Palestra empatam por 3 a 3. Em amistoso, o Laranjeiras vence o Vitória por 4 a 1, no interior sergipano.
15 de junho – O Sergipe tem seu título estadual cassado, por ter utilizado o jogador Renato Costa Vieira que jogou como amador no Clube Atlético Ypiranga de São Paulo e que não fez sua reversão ao profissionalismo quando da sua transferência ao clube sergipano.
16 de junho – Pelo campeonato, o Vasco da Gama goleia o Guarany por 4 a 1, na estréia das equipes. Em amistoso em Maruim o Palestra vence o Ipiranga por 4 a 2.
23 de junho – O Sergipe goleia por 4 a 1 o Paulistano, começando com o pé direito a sua participação no campeonato.
29 de junho – Em partida não realizada do campeonato, o Vitória entrega os pontos ao Siqueira Campos.
30 de junho – Em partida amistosa, o Sergipe vence o Laranjeiras por 4 a 1, em Aracaju.

Fonte: Arquivos do Autor

Torneio de Futebol da Região Mineira (SC) – 1948

No dia 21 de março de 1948, o Comerciário põe em prática um mini campeonato com várias equipes da região sul catarinense pela primeira vez.
Foi um torneio mata-mata, com partidas de 20 minutos de duração e pênaltis em caso de empate.Com esta iniciativa os clubes se organizaram e fundaram a LARM – Liga Atlética da Região Mineira.

Fonte: Pesquisa de Fernando Criciúma; Revista Jubileu de Prata do Comerciário 1972 (autor: Mário Belolli)

O Futebol Maranhense em 1948 – 1º Semestre

01 de janeiro – Em partida amistosa o Sampaio Corrêa goleia o Maranhão por 10 a 1.
03 de janeiro – O Tupan vence de forma surpreendente o Moto Clube por 2 a 0, em continuação do campeonato Maranhense de 1947.
04 de janeiro – Em partida pelo Campeonato Maranhense de 1947, nova vitória do Sampaio Corrêa sobre o Maranhão por 4 a 2.
07 de janeiro – O Sampaio Corrêa goleia o Tupan por 7 a 0 em partida amistosa.
11 de janeiro – Iniciando sua temporada pelos campos maranhenses, o Bahia de Salvador perde para o Maranhão por 4 a 2.
14 de janeiro – Em sua segunda partida, o Bahia se reabilita e vence o Tupan por 4 a 0.
18 de janeiro – Nova vitória do Bahia, agora sobre o Moto Clube por 2 a 1,
21 de janeiro – Encerrando a excursão, o Bahia se despede com derrota para o Sampaio Corrêa por 3 a 1.
31 de janeiro – Novo amistoso entre Sampaio Corrêa e Maranhão e nova vitória dos “bolivianos! Por 4 a 1.
29 de fevereiro – Após um longo período sem futebol na capital maranhense, novamente se enfrentam Sampaio Corrêa e Maranhão, agora com um empate em dois gols.
06 de março – Novo empate em partida amistosa entre Sampaio Corrêa e Maranhão por 1 gol.
14 de março – A equipe do Sampaio Corrêa excursiona a cidade de Rosário e vence a seleção local por 8 a 0. Na capital, Moto Clube e Maranhão empatam em dois gols em partida amistosa.
18 de março – Em novo amistoso, o Maranhão consegue a vitória sobre o Sampaio Corrêa por 4 a 1.
21 de março – O Tupan continua fazendo surpresa e vence o Sampaio Corrêa por 4 a 3 em jogo amistoso.
28 de março – Abrindo o Torneio Triangular, o Sampaio Corrêa vence o Maranhão por 2 a 0.
31 de março – Na segunda partida do torneio, o Maranhão se reabilita e vence o Moto Clube por 3 a 2.
04 de abril – Com a vitória do Moto Clube sobre o Sampaio Corrêa por 3 a 2, encerraxse o primeiro turno do Torneio Triangular com todas as equipes empatadas.
08 de abril – Iniciando o returno, o Moto Clube vence o Maranhão por 4 a 2.
12 de abril – Na maior goleada entre estas equipes, o Sampaio Corrêa vence o Maranhão por 14 a 1 em continuação do Torneio Triangular.
15 de abril – Estreando em São Luís, o Flamengo do Rio de Janeiro venceu um combinado Sampaio Corrêa/Maranhão por 3 a 1.
17 de abril – Em sua despedida a equipe carioca empata com o Moto Clube por dois gols.
22 de abril – O Maranhão em partida amistosa vence o Santa Isabel por 3 a 2.
25 de abril – Com o empate em quatro gols entre Sampaio Corrêa e Moto Clube, encerra-se o Torneio Triangular. As mesmas equipes terminam empatadas e irão disputar uma melhor de três pontos.
01 de maio – Em homenagem ao dia do trabalho, o Sampaio Corrêa vence um Combinado Santa Isabel/ Tupan por 2 a 1.
02 de maio – Em partida amistosa, vitória do Moto Clube sobre o Maranhão por 4 a 3.
11 de maio – Iniciando a decisão do Torneio Triangular, o Sampaio Corr~ea vence o Moto Clube por 2 a 1.
15 de maio – Na segunda partida da decisão, o Moto Clube surpreende e goleia o Sampaio Corrêa por 7 a 2.
23 de maio – Em partida amistosa, empatam em dois gols, Sampaio Corrêa e Maranhão.
30 de maio – Goleando o Sampaio Corrêa por 5 a 2, o Moto Clube conquista o Torneio Triangular.
06 de junho – Iniciando sua temporada, a equipe do América do Recife perde para o Maranhão por 2 a 1.
09 de junho – Em sua segunda partida a equipe pernambucana sofre nova derrota e por goleada para o Sampaio Corrêa, 4 a 1.
13 de junho – Na sua penúltima partida, nova derrota, agora para o Moto Clube por 4 a 3.
15 de junho – Despedindo-se dos campos maranhenses, o América empata em um gol com o Sampaio Corrêa.
20 de junho – Em partida amistosa, o Moto Clube derrota o Maranhão por 2 a 1.
27 de junho – Empate de 1 gol em partida amistosa entre Sampaio Corrêa e Maranhão.

Fonte: Diário de São Luiz / MA

Indignação no Futebol Carioca em 1941

Transcrevo abaixo a interessante carta enviada pelo Sr. Jansen Muller, presidente do Andarahy Atlético Clube a Liga de Futebol do Rio de Janeiro, em 09 de abril de 1941, com a indignação da inclusão do Canto do Rio no Campeonato Carioca:

“Tinha o Andarahy A.C. a intenção de pleitear o 10º lugar no aumento da Divisão Principal dos clubes filiados a esta instituição.
Aconteceu, porém, que essa Liga reconheceu a inexistencia de clubes desta capital para o preenchimento daquela vaga e aceitou, para a disputa do campeonato regional metropolitano um outro clube de Estado.
Diante disso, pensou a diretoria deste clube em inscrever-se também na divisão única da vizinha cidade de Niterói, esperando até que fosse aumentada a divisão principal dessa entidade para doze clubes e então voltar a pleitear um lugar nesses dois do aumento. Como, porém, poderia, mudando-se o critério de interpretação, surgir o argumento de que sendo o campeonato dessa entidade regional e metropolitano não poderia admitir-se a filiação de um clube de qualquer Estado, preferiu esta diretoria, recorrer a inscrição na 2ª Divisão, caso seja real e verdadeiro que, no próximo ano, os clubes detentores da divisão principal, consintam no aumento da mesma divisão para 12 clubes.
O Andarahy sente-se perfeitamente à vontade para falar com desassombro e isso porque não ingressou na 1ª Divisão da antiga Liga Metropolitana por favores ou influencia de qualquer espécie – mas disputando por eiliminatória, a sua colocação, embora tivesse de lutar contra um clube poderoso e influente, como o Rio Cricket. Naquele tempo, apesar de já serem quase decisivas as injunções de toda a ordem, o escandalo seria grande em bigodear um clube que tinha acreditado nas letras dos estatutos, quase sempre feitos com o intuito de aparente austeridade mas cuja aplicação depende apenas de certas conveniencias.
É acreditando no que ficou decidido que este clube pede sua filiação na 2ª Divisão para voltar no próximo ano, por disputa, a divisão principal, sem qualquer favor, como já aconteceu, fato esse que hoje, lhe bastaria para ser encarado com respeito não só por isso, como pelas gloriosas tradições que tem, capazes de servir de patrimonio a muitos outros que, certo, lhe invejam, o trabalho, a honra, a lealdade e as glórias de que, as vezes, participaram, servindoxse dos elementos feitos a custa deste clube.
Apresento a v.excia. as seguranças de minha alta estima e especial consideração – Dr. Jansen Muller, presidente.”

Torneio Início de Santos (SP) – 1924

A importância deste artigo é desmentir a história de que o clube São Paulo Railway de Santos ao final da década de 10 tenha sido extinto e seus jogadores transferidos para São Paulo onde fundaram o São Paulo Railway Atlético Clube (posteriormente Nacional Atlético Clube). É um erro histórico perpetuado em livros e na internet. Esta equipe santista existiu com esta denominação até a década de 30 quando mudou de nome para Esporte Clube Bandeirantes.

Data: 31 de Agosto de 1924
Local: Santos – SP

1º Jogo – Atlético 3×0 América
2º Jogo – S.P.R. 0x0 Palestra Itália (2×0 esc)
3º Jogo – Brasil 1×1 Atlético (1×0 esc)
Final – S.P.R. 1×0 Brasil

Campeão – São Paulo Railway Futebol Clube (Santos – SP)

Fonte: Arquivos do Autor

Mudança para Federação Carioca de Futebol

Transcrevo abaixo interessante notícia publicada no Jornal A Tribuna de Santos/SP em sua edição de 26 de abril de 1960:

 “ Em assembléia geral extraordinária, com a presença de todos os clubes filiados, foi aprovada por unanimidade a denominação de Federação Carioca de Futebol para a antiga Federação Metropolitana de Futebol, em conseqüência da transferência da capital da Repúbica e da criação do Estado da Guanabara.

Por unanimidade, também, foi mandado lavrar em seus trabalhos voto de louvor pela criação do novo Estado e pela inauguração de Brasília.

O Sr Antonio do Passo, presidente da entidade carioca, participou aos clubes que em data a ser fixada irão em audiência especial cumprimentar o governador Sette Camara.”

Corrigindo um erro histórico – Excursão da Portuguesa Santista em 1965

Em 1965 após a conquista da segundona paulista do ano anterior que terminou no início deste ano, a ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA PORTUGUESA de Santos realizou uma excursão pela Europa. Entre suas partidas, os jornais da época anunciaram uma disputada contra o 1860 Munchen ocorrida em 16 de maio de 1965, que contrariava frontalmente a resolução do Conselho Nacional de Desportos que proibia a realização de partidas com intervalos inferiores a 48 horas, já que a equipe santista realizara dois outros amistosos em 15 e 17 de maio.

Após a chegada da delegação, esta dúvida foi esclarecida e a equipe não foi penalizada. Abaixo transcrevo trecho das explicações publicada no Jornal A Tribuna de Santos, em sua edição de 28 de maio de 1965:

“…não foi cobrada nenhuma cota pelo jogo treino em Munique, a 16 deste mês, contra o T.S.V. Munchen-1860, clube que, alojado na mesma concentração com os elementos da A.A. Portuguesa, se preparava para enfrentar o West Ham, da Inglaterra, em partida da nova Copa da Europa. O técnico Manga serviu de juiz nesse treino e o conjunto rubro-verde foi considerado ótimo sparring, derrotando o clube alemão por 3 a 2. O pormenor esclarece, também, um ponto até então obscuro, pois se afigurava que a Portuguesa havia disputado três jogos seguidos em três dias, desrespeitando as normas baixadas pelo CND, o que realmente, não ocorreu.”